Você fecha um job, combina um valor com o cliente, entrega tudo certinho… mas no fim do mês, a conta não fecha. A sensação é de que você está sempre trabalhando muito, mas ganhando pouco. Se isso soa familiar, talvez a raiz do problema não esteja no mercado, no cliente ou na concorrência — e sim na forma como você precifica o seu trabalho.
A verdade é que muitos profissionais criativos ainda precificam no chute. Avaliam apenas o tempo que vão gastar, comparam com o que “todo mundo cobra” e, às vezes, jogam um valor mais baixo pra garantir o fechamento. Só que nessa conta superficial, muita coisa importante fica de fora: impostos, custos fixos da agência, ferramentas, horas indiretas, retrabalhos e até a sua margem de lucro real.
É aí que entra a contabilidade como uma grande aliada. Um bom contador pode te ajudar a entender o custo real de cada job — ou seja, tudo aquilo que está embutido por trás do serviço que você presta. Ele te mostra quais são seus custos fixos e variáveis, como calcular o ponto de equilíbrio e, principalmente, como incluir todos esses fatores na sua precificação de forma estratégica.
Com relatórios financeiros claros, fica muito mais fácil saber o mínimo que você deve cobrar para não sair no prejuízo. E mais: você passa a enxergar quais tipos de projeto são realmente lucrativos, quais só dão trabalho e pouco retorno, e onde você pode ajustar sua estrutura para aumentar margem sem necessariamente aumentar preço.
Precificar bem não é sobre cobrar caro — é sobre cobrar justo. Justo para o cliente, que recebe um serviço com valor real, e justo pra você, que precisa sustentar seu negócio, crescer e viver com tranquilidade. Quando você entende os números, toma decisões com mais confiança e para de se sentir refém do “achismo”.
Então, fica a pergunta: você tem certeza de que está cobrando o valor certo pelos seus jobs… ou só torcendo pra que, no fim, o saldo da conta dê certo?00