Se tem uma coisa que todo mundo que trabalha com publicidade, marketing ou produção criativa já percebeu, é que esse mercado tem altos e baixos — e nem sempre previsíveis. Tem mês que entra cliente novo, campanha grande, job atrás de job. Mas tem outros em que o telefone mal toca e o e-mail parece abandonado. A grana que entra em um mês nem sempre segura o próximo, e é aí que começa o aperto.
Esses “meses de baixa” são comuns, especialmente em datas como janeiro, pós-carnaval, ou entre junho e julho, quando muita empresa segura orçamento ou está em fase de planejamento. O problema é que muita gente não se prepara para isso. Vive no modo “quando entra, eu gasto” e depois acaba no modo “como é que eu pago isso agora?”. Não é falta de talento, nem falta de trabalho — é falta de planejamento financeiro.
Planejar esses períodos de queda não significa prever o futuro, mas sim estar preparado pra ele. E isso começa com uma atitude simples: entender o seu fluxo de caixa ao longo do ano. Quais meses você costuma faturar mais? Quais são mais lentos? Com essas informações, dá pra criar uma reserva estratégica — uma espécie de colchão que amortece os impactos nos períodos de baixa.
Outra dica que funciona muito bem: ao invés de gastar tudo nos meses bons, defina um “salário fixo” pra você, mesmo sendo dono da agência ou freelancer. Isso traz estabilidade, evita decisões por impulso e ajuda a manter o padrão de vida mesmo quando os jobs estiverem mais escassos. E claro, controle é tudo: registre entradas e saídas, mantenha os recebíveis organizados e revise seus custos fixos regularmente.
Porque no fim das contas, quem se planeja financeiramente navega melhor nas ondas do mercado criativo. Enquanto uns ficam à deriva nos meses de baixa, outros continuam crescendo com consistência — e tranquilidade.
E você? Vai continuar contando com a sorte… ou começar a construir uma rotina financeira mais inteligente pro seu negócio?